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Obesidade e câncer de mama | Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Minas Gerais

Obesidade e câncer de mama

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mulheres obesas têm 20% de chances a mais de desenvolver o câncer de mama no período logo após a menopausa do que aquelas que se encontram dentro da faixa normal de peso. Os médicos ainda não sabem exatamente o porquê, mas já tem suas suposições, segundo o mastologista João Henrique Penna Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia em Minas Gerais.

Uma delas, explica o médico, é que após a menopausa a principal fonte de estrogênio deixa de ser o ovário e passa a ser a gordura acumulada nos tecidos periféricos. É a chamada “conversão periférica”. Antes da menopausa, esta fonte de estrogênio (gordura) é pouco relevante, mas é comprovado que este hormônio está relacionado ao câncer de mama. E na mulher obesa, como existe mais tecido gorduroso, a produção de estrogênio após a menopausa também é maior do que em mulheres magras.

O que é fisiológico, natural, é que a mulher tenha pouco estrogênio quando deixa de ficar menstruada. “Ter mais estrogênio nesta fase tem consequências positivas e negativas, a maior parte é desfavorável”, comenta o médico. Mas ele adverte que o risco de câncer de mama aumenta para mulheres ‘muito acima do peso’, não para as que estão um pouco acima do ideal ou para quem ganha alguns quilinhos pós-menopausa”

Para reforçar a relação entre câncer de mama e obesidade, João Henrique Penna lembra que este é o tipo de câncer que mais mata mulheres hoje, no mundo ocidental. No Oriente e na África há muito menos casos, em parte, acreditam os médicos, por existir menos obesidade. Além disto, os dados indicam que quanto mais rico o país, maior o número de obesos e maior a incidência dos casos de câncer de mama.

Outra teoria, ainda pouco esclarecida, é que sempre que a alimentação é mais calórica, o organismo produz maior quantidade de uma substância chamada “fator de crescimento insulina-simili”, uma proteína semelhante à insulina e muito mutogênica. E a medicina já sabe que a mutogênese está ligada ao câncer.

Os médicos já observaram também que os casos de câncer de mama em mulheres jovens em geral acometem as obesas e que são muito pouco frequentes naquelas com índice de massa corporal abaixo de 20. Pesquisas inglesas sugerem que mulheres que conseguem manter o peso equilibrado entre 20 e 40 anos tem muito menos possibilidade de desenvolver a doença.

Positivo é saber que hoje em dia a maior parte das mulheres acometidas pela doença consegue se curar, especialmente quando o tumor é detectado em fases iniciais. Por isto, o diagnóstico precoce, por meio da mamografia, ainda é a melhor e mais eficiente forma de prevenção.  O problema é que o SUS só consegue atender 30% da demanda por mamografias no Brasil. Mas mesmo entre as mulheres que têm plano de saúde, pesquisa feita pela UNIMED aponta que apenas a metade delas (50%) realiza o exame. A teoria dos médicos é de que falta informação.

Incidência

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 49 mil novos casos de câncer de mama Brasil, em 2011. Destes, 5.900 levarão à morte. Em Minas Gerais, em 2010, foram 4.250 casos, sendo 950 em Belo Horizonte.

Prevenção:

A alimentação balanceada, por reduzir o peso ou controlá-lo, ajuda na prevenção, assim como as atividades físicas regulares. “Hábitos benéficos são benéficos em quase todas as áreas, inclusive na prevenção do câncer”, reforça João Henrique Penna, lembrando que “não há vantagem alguma em ser obeso”.

Fatores de risco para o câncer de mama:

- Histórico familiar. Casos da doença em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e filha). Casos em outros parentes também são relevantes, em especial quando a doença atinge muitos deles. Nestes casos, para fazer a prevenção, os médicos pegam a idade em que o parente desenvolveu a doença, subtraem 10 anos e iniciam os exames para detectar a doença.

-Fatores reprodutivos, como menarca precoce e menopausa tardia; pacientes que não tiveram filhos ou aquelas que tiveram o primeiro filho depois dos 30 anos; mulheres com poucos filhos; mulheres que nunca amamentaram; uso de terapia hormonal após a menopausa.

- Doenças benignas proliferativas com atipia, como a hiperplasia ductal atípica e neoplasia lobular.

- Alcoolismo em grau elevado.

(Release elaborado ela Via Comunicação/ jornalista Luiz Francisco Correa/ Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Mastologia- Regional Minas Gerais- em 05 de abril de 2011)

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