Ultra-som: mamário

Além do professor Robert Mansel, outro expoente internacional, convidado especialmente para falar no Encontro Mineiro de Mastologia, foi o professor Bruno Fornage, maior autoridade do mundo em ultrasom mamário.

Segundo ele, o exame deve ser utilizado “todas as vezes que tivermos dúvidas na mamografia, quando a lesão palpável não for vista pela mamografia, em pacientes jovens com massa palpável, ou que não tiverem idade para se submeter à mamografia”.

Na opinião dele, não há um número mágico de referência do tamanho mínimo de detecção de um câncer pelo ultra-som. Hoje, novos equipamentos podem detectar tumores menores que 1,0 cm. Mas tamanho, afirma, é só um dos critérios utilizados pelo ultra-som. “Temos que considerar outras variáveis, como os tecidos circunjascentes e a circulação sangüinea da região. Se o nódulo tem a mesma aparência do tecido em torno dele, teremos dificuldades para localizá-lo”.

Outro aspecto importante é que o ultra-som é um método dependente do operador do aparelho.

De qualquer forma, a conduta indicada pelo médico deve ser sempre baseado no exame clínico, muito bem feito, em uma mamografia de qualidade, e em um bom ultra-som com biópsia por agulha. De acordo com Bruno Fornage, essa conduta resolve a grade maioria dos casos.