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Universidade de Harvard: Pesquisa mostra que diabetes tipo 2 aumenta risco de câncer de mama | Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Minas Gerais

Universidade de Harvard: Pesquisa mostra que diabetes tipo 2 aumenta risco de câncer de mama

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Se adotar um estilo de vida saudável, que significa ter boa nutrição, peso adequado, fazer exercícios físicos regularmente, evitar substancias nocivas ao organismo, principalmente o fumo e o excesso de álcool, é recomendação unânime dos médicos para prevenir doenças cardiovasculares, pulmonares, câncer, diabetes, entre outras, as mulheres ganharam mais um estímulo para abraçar esse estilo de vida. Isto porque pesquisadores da Universidade da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram recentemente um estudo na Revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes, mostrando que o diabetes tipo 2 aumenta de 10 a 20% o risco das mulheres desenvolverem câncer de mama.

No estudo, desenvolvido ao longo de duas décadas com cerca de 120 mil enfermeiras de 30 a 55 anos, foi identificado que é no período do pré-diabetes, quando acontece o fenômeno compensatório do hiperinsulinismo – produção em excesso da insulina pelo pâncreas para compensar a elevação da taxa de glicose no sangue – que pode acontecer uma multiplicação desordenada das células e levar a formação dos tumores malignos de mama. No entanto, o aumento do risco para a doença só acontecem nos diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.

O Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais, João Henrique Penna Reis, observa que o fator de risco comum entre as duas doenças – obesidade e aumento da idade – deve servir de alerta para os médicos, principalmente para os generalistas, ficarem mais atentos aos primeiros sinais de aumento da glicose, uma vez que a pesquisa demonstrou que é a exposição durante muito tempo à produção em excesso de insulina (hormônio que também atua na multiplicação celular) que pode desencadear o processo de formação do câncer de mama.

O diabetes é uma doença que afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, a ocorrência média, de acordo com dados do Ministério da Saúde, é de 5,2% na população acima de 18 anos, o que representa mais de 6,4 milhões de diabéticos no país. O Diabetes tipo 2 é de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e embora tenha um fator hereditário maior do que o tipo 1 sabe-se que há uma grande relação da doença com a obesidade e o sedentarismo e que a sua incidência é maior após os 40 anos.

Faixa etária que também coincide com o aumento da incidência do câncer de mama, que cresce rápida e progressivamente após os 35 anos de idade. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados de 49,4 mil novos casos de câncer de mama neste ano, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde já existe uma concentração maior de diagnósticos da doença.

Entretanto, a descoberta não muda a conduta dos mastologistas em relação ao rastreamento e ao diagnóstico precoce da doença, que continua com a recomendação de pelo menos uma consulta anual e um exame de mamografia no mesmo período a partir de 40 anos de idade. Conduta que pode ser alterada pelo médico, de acordo com os fatores de risco e o histórico da paciente.

Por outro lado, o Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais, João Henrique Penna Reis, lembra que para as mulheres diabéticas há também uma boa notícia. Existem vários estudos, embora ainda em fase inicial, que apontam a metiformina, medicamento largamente utilizado no Brasil e nos Estados Unidos como antidiabético oral, como uma droga a ser usada na prevenção e tratamento do câncer de mama. É uma esperança, mas ainda faltam várias etapas da pesquisa antes de utilizar o medicamento para essa finalidade.

Release produzido pela Via Comunicação. Mais informações com o jornalista Luiz Francisco Corrêa – Assessoria de Comunicação da SBM-MG/ Via Comunicação. Fones: 31-3291-1305 – 3291-2765

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