Câncer de Mama: Fique de olho
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Campanha contra o câncer de mama. Foto: Elias Ramos.
Câncer de Mama, segundo tipo de câncer mais freqüente entre as mulheres e o que mais as leva à morte, será alvo da campanha “Fique de olho / SBM-MG”, no adro da Igreja São José, centro de BH, nesta sexta-feira dia 28 de novembro/2008.
Entrevistado:
Dr. Regis Leite L´Abatte.
Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais.
Com o tema Câncer de Mama-Fique de Olho, a regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Mastologia realiza no próximo dia 28 de novembro, no adro da Igreja São José, centro de Belo Horizonte, de 8h às 13 horas, atividades de orientação e informação sobre a importância das mulheres consultarem o mastologista e submeterem-se ao exame de mamografia anualmente, após 40 anos de idade, com o objetivo de detectar precocemente o câncer de mama, que tem cura em sua fase inicial. O evento que tem apoio da Unimed BH, faz parte da Semana Nacional de Saúde Mamária. A ação, na Igreja São José, conta também com o apoio da Congregação Redentorista – Obra Social São José.
Campanha contra o câncer de mama. Foto: Elias Ramos.
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais, Regis Leite L’Abbate, esclarece que a mamografia é o único exame capaz de reduzir os riscos de morte por câncer de mama, se a mulher o fizer regularmente. O Câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo entre as mulheres, e o que mais as leva à morte.
Campanha contra o câncer de mama. Foto: Elias Ramos.
De acordo com estimativas do Inca – Instituto Nacional de Câncer, neste ano de 2008 são esperados para todo o Brasil 49.400 novos casos da doença. A região com maior incidência é a Sudeste, com 68 novos casos de câncer de mama para cada grupo de 100.000 mulheres, o que deverá totalizar 28.430 novos casos da doença na região e em Minas Gerais, espera-se 4.280 novos casos. Para Belo Horizonte a expectativa é de 900 novos casos. Embora haja um esforço do Governo, das entidades médicas e de Organizações Não-Governamentais, Regis Leite L’Abbate observa que entre a clientela dos seguros, planos de saúde e outros convênios o número de casos de detecção precoce da doença é alto, entretanto, quando se observa a população feminina de maneira geral, incluindo a clientela que utiliza o Sistema Único de Saúde, o diagnóstico da doença na fase inicial pode ser considerado baixo.
Na sua avaliação, as razões para que este fato aconteça são a falta de conhecimento das mulheres sobre o direito ao exame de mamografia de rastreamento pelo SUS e a má distribuição dos mamógrafos na rede de saúde pública. Segundo ele, nos grandes centros urbanos, há aparelhos suficientes para a realização do exame pelo SUS, o que não acontece nas regiões norte e nordeste de Minas, por exemplo.
Campanha contra o câncer de mama. Foto: Elias Ramos.
Por outro lado, a Lei Federal 11.664, de 29 de abril de 2008, que entra em vigor em abril de 2009, tenta assegurar a assistência integral à saúde da mulher pelo Sistema Único de Saúde, “incluindo amplo trabalho informativo e educativo sobre a prevenção, detecção, o tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento dos cânceres de mama e do colo de útero”. O inciso III do artigo 2º da mesma lei, garante às mulheres a partir de 40 anos de idade o direito de se submeter ao exame de mamografia. Mas a falha da lei foi não especificar o interstício em que este exame pode ser realizado pelo SUS.
O presidente da regional de Minas da Sociedade Brasileira de Mastologia informou ainda que o tratamento cirúrgico do câncer de mama tem buscado cada vez mais preservar a estética feminina, utilizando-se da associação de técnicas da cirurgia plástica. No que se refere ao tratamento medicamentoso, tem-se utilizado a terapia alvo feita de acordo com as características do tumor, ou seja: medicamentos específicos para cada tipo de tumor.
Campanha contra o câncer de mama. Foto: Elias Ramos.
